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Artigos

v. 9 n. 3 (2014): Setembro/2014

Capacitação em Saúde Mental: Entre a Realidade e as Ofertas do Ministério da Saúde

DOI
https://doi.org/10.7177/sg.2014.V9.N3.A16
Enviado
novembro 6, 2011
Publicado
2014-07-29

Resumo

Uma mudança paradigmática no modelo de assistência em saúde mental, do modelo biomédico para o psicossocial, exige capacitação para os trabalhadores que exercem esse novo mister. Esse processo de aquisição de habilidades, conceitos e conhecimentos armazenados em modelos mentais, e que se pode denominar de aprendizagem, pode levar a mudanças de comportamento e ao estabelecimento de uma relação mais humana entre o trabalhador e a função que exerce. Exemplo disso seria a mudança do conceito estigmatizante de transtorno da saúde mental, recorrente na população em geral e, em alguns casos, entre trabalhadores de CAPS, uma mão de obra constituída, basicamente, por pessoas que exercem funções sob a forma de contrato no qual se verifica, usualmente, ausência de qualificação para o exercício das variadas funções para as quais são selecionados. Considerando a necessidade de repensar o bom desempenho no trabalho, que supõe pessoas preparadas e com potencial de criatividade para o estabelecimento de parcerias na consecução de objetivos e práticas sociais (fatores diferenciadores de uma organização), e na tentativa de oferecer subsídios para a correção de possíveis distorções relativas à qualificação de funcionários destinados ao atendimento dos usuários do CAPS, o objetivo deste estudo foi pontuar as ofertas de capacitação disponibilizadas pelo Ministério da Saúde para os trabalhadores que cuidam de pessoas com a saúde mental alterada. Foi empreendida uma pesquisa de cunho bibliográfico e documental, embasada em publicações do Ministério da Saúde e artigos científicos da base de dados SciELO. Livros e relatórios de encontros e conferências nacionais e internacionais da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e do Ministério da Saúde (MS) sedimentaram os conceitos aplicados na pesquisa. No estudo detectou-se que as ações ocorrem em parcerias com instituições de ensino ou estão a cargo dos governos municipais e que são poucos os programas específicos para a área. Concluiu-se que os trabalhadores em saúde mental necessitam de capacitações em maior número para fazer frente ao grande desafio de cuidar de pessoas com transtornos da saúde mental, entretanto essa capacitação não é convenientemente disponibilizada.

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