A teoria moderna das finanças pressupõe eficiência dos mercados, racionalidade dos seus agentes e busca pela maximização da utilidade. As finanças comportamentais contestam esses pressupostos, alegam que o ser humano é avesso ao risco nas situações de ganho, mas assume risco quando se trata de perdas, o que se configura como aversão à perda. O objetivo deste trabalho é verificar se existem diferenças no grau de aversão ao risco e à perda em função do tempo de estudo e do gênero. Os prospectos de Kahneman e Tversky foram replicados a 396 alunos e 31 professores do curso de administração de um centro universitário de Santa Catarina. Os dados foram analisados em duas etapas: a primeira fez uma análise das frequências das respostas; na segunda, os resultados foram analisados por agrupamentos entre professores e alunos e por gênero dos respondentes. Utilizou-se o teste qui-quadrado para verificar as diferenças nas respostas. Os resultados indicam que o tempo de estudo não influencia na aversão ao risco e à perda. No comparativo por gênero, constatou-se que este pode influenciar na aversão ao risco, mas não nas perdas. As mulheres demonstraram maior aversão ao risco, mas ambos são igualmente avessos à perda.