O cultivo de Epinephelus marginatus (Iowe, 1834) no Brasil: uma abordagem cienciométrica e perspectivas de estudo

João Felipe Nogueira Matias

jfn.matias@gmail.com

Fundação Cearense de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FUNCAP, Fortaleza, CE, Brasil.

Alex da Silva Lobão de Souza

alex.lobao@ifpa.edu.br

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA, Abaetetuba, PA, Brasil.

Raimundo Aderson Lobão de Souza

adersonlobaosouza@gmail.com

Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, Belém, PA, Brasil.

Breno Portilho de Sousa Maia

brenopsm@hotmail.com

Universidade Federal do Pará – UFPA, Bragança, PA, Brasil.

Marcos Ferreira Brabo

marcos.brabo@hotmail.com

Universidade Federal do Pará – UFPA, Bragança, PA, Brasil.

Alan Dias Pragana

alanpragana@gmail.com

Secretária de Estado de desenvolvimento Agropecuário e da Pesca - SEDAP, Belém, PA, Brasil.

Viviana Lisboa

viviana.lisboa.lisboa@gmail.com

Fundação Cearense de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FUNCAP, Fortaleza, CE, Brasil.


RESUMO

Esta produção objetivou realizar uma abordagem cienciométrica sobre as pesquisas envolvendo o cultivo de Epinephelus marginatus no Brasil, durante o período de 2002 a 2022, utilizando diferentes bases de dados virtuais. Com base cienciometria, os dados foram analisados quali-quantitativamente para gerar as perspectivas sobre a temática. Foram encontradas 20 produções acadêmico-científicas desenvolvidas por autores em diversas partes do país, com predomínio de dissertações, teses e artigos. A distribuição temporal das publicações listadas foi esparsa durante o período analisado, com predominância a partir da primeira década do período estudado. Todos os manuscritos utilizados nessa pesquisa possuem livre acesso ao público, sendo os artigos os mais citados. Os trabalhos publicados foram categorizados e 6 grandes áreas: Crescimento, Reprodução e Larvicultura, Genética, Economia e outros. As duas categorias mais estudadas foram Crescimento e Reprodução e Larvicultura.

Palavras-chave: Aquicultura; Garoupas; Cientometria; Brasil.


INTRODUÇÃO

Os serranídeos (família Serranidae, subfamília Epinephelinae) compreendem 159 espécies distribuídas em 15 gêneros (Heemstra e Randall, 1993). São amplamente distribuídos nas regiões tropicais e águas costeiras subtropicais. Denominados genericamente por meros, chernes, garoupas e badejos, geralmente apresentam rápido crescimento e resistência ao manejo, sendo indicados para sistemas de criação intensivos. Além disso, possuem excelentes características para processamento pós-colheita, agregando mais valor ao produto final (Randall, 1987; Kohno et al., 1990; Heemstra, 1991; Heemstra e Randall, 1993; APEC/SEAFDEC, 2001).

O Epinephelus marginatus (Lowe, 1834) tem sido amplamente estudado do ponto de vista científico. Há muitas abordagens científicas para a compreensão da biologia, ecologia e comportamento desta espécie. Entre as abordagens mais utilizadas está o estudo da biologia reprodutiva, incluindo a maturação sexual, desova, fecundidade e fertilização, além de análises de dietas e de comportamentos alimentares (Chua e Teng, 1977; Chen e Chen, 1987; Chauvet, 1988; Tseng e Ho, 1988; Yen, 1988; Yen e Lim, 1988b; Skaramuca et al., 1989; Castello et al., 1992; Leong, 1993; Ruangpanit e Yashiro, 1995; Spedicato et al., 1995; Chao e Chow, 1996; Gracia, 1996; Zabala et al., 1997a; Zabala et al., 1997b; Glamuzina et al., 1998a; Glamuzina et al., 1998b; Glamuzina et al., 1998c). Segundo Main e Rosenfeld (1995), grande parte dos estudos desenvolvidos com serranídeos são sob o ponto de vista biológico, e não de cultivo.

As garoupas podem ter diferentes taxas de crescimento, dependendo das condições ambientais de seu habitat. A garoupa selvagem atinge 400 g em aproximadamente 2 anos (Manooch e Haimovici, 1978; Bruslé, 1985; Salazar e Sanchez, 1992). Devido a esse fato, o crescimento de garoupas selvagens pode ser considerado lento para fins de aquicultura, porém, as condições de cultivo e o manejo correto dos parâmetros físicos, juntamente com o conhecimento das necessidades nutricionais podem ser a chave para obter um crescimento mais rápido.

O seu cultivo se iniciou pela Ásia, mais precisamente nos países de Cingapura, Malásia, Hong Kong, Tailândia e Taiwan no início dos anos de 1970, onde o cultivo tem sido realizado em tanques-rede de pequeno e médio porte que variam entre 8m3 e 18m3, normalmente em regiões costeiras abrigadas, em áreas onde existem vilas de pescadores, sendo tradicionalmente realizada por pequenos e médios produtores (APEC/SEAFDEC, 2001).

No Brasil o cultivo da espécie Epinephelus marginatus tem sido impulsionada por vários fatores, como a redução da sua oferta por meio de pesca de captura e pela sua relevância econômica, sendo um peixe nobre e muito apreciado, apresentando elevados preços de mercado. Outro fator que merece destaque é que o Epinephelus marginatus é uma espécie que está na lista de espécies ameaçadas de peixes (Convenção de Berna, Anexo 3 — Protocolo para a Biodiversidade Mediterrânea), e que se encontra na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e Recursos Naturais desde 1995 (Marino et al., 2003). A Portaria do Ministério do Meio Ambiente nº 445/2014 (IBAMA, 2014), Brasil, proíbe a pesca da garoupa por estar na lista de espécies superexploradas de peixes marinhos ameaçados (Rodrigues et al., 2009). De tal maneira, o cultivo de Epinephelus marginatus, além de ser apontado como um potencial candidato para protagonizar a piscicultura marinha no Brasil, ainda se mostra uma alternativa promissora para proteger os estoques naturais desse peixe já ameaçado.

O presente estudo pretende fazer uma revisão e um levantamento dos principais estudos envolvendo o cultivo do Epinephelus marginatus, assim como uma análise das linhas de estudos das principais publicações dos últimos 20 anos no Brasil.

MÉTODO

No estudo cienciométrico, a presente pesquisa intencionou avaliar diversos tipos de produções acadêmicas (dissertações, teses, artigos e trabalhos publicados em anais de eventos nacionais e internacionais) durante o período de 2002 a 2022. Assim, o levantamento bibliográfico foi realizado por meio da rede mundial de computadores (internet), utilizando as bases de dados Science Direct, Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google Scholar. Para tanto, os descritores utilizados foram “Cultivo de _Epinephelus marginatus_”, nos idiomas português, inglês e espanhol.

Para a seleção dos trabalhos foram considerados aqueles que explanavam diretamente o tema relacionado e/ou palavras ligadas às etapas de manejo de cultivo no descritor no título, resumo e/ou palavras-chave, nos três idiomas supracitados. Quanto aos critérios de exclusão, não foram considerados dossiês, notas científicas, artigos de revisão, capítulos de livros e livros. Este último foi desconsiderado, principalmente, por conta da dificuldade de acesso às versões impressas.

Após a seleção dos trabalhos que se enquadravam nos critérios pré-estabelecidos, realizou-se uma triagem com a intenção de excluir materiais repetidos. Das produções acadêmicas e pesquisas levantadas, foram analisadas as seguintes informações: a) tipo de produção; b) região a que pertence o local pesquisado; c) instituição acadêmico-científico e a região onde está situada (considerando o vínculo do primeiro autor do manuscrito); d) ano de publicação; e) número de citações de cada trabalho listado, utilizando a opção “citado por” do Google Scholar; f) revistas científicas; g) tipo de acesso do manuscrito ao público (aberto ou fechado); h) áreas de pesquisa.

Os dados quantitativos foram analisados descritivamente, sendo representados em forma de quadros, gráficos e tabelas. Para as perspectivas do estudo, as informações da literatura foram analisadas qualitativamente para gerar um marco teórico relacionado às futuras abordagens acadêmicas, científicas e políticas neste campo de pesquisa.

RESULTADOS

Quanto à instituição acadêmico-científico e região em que foi gerada a publicação

Durante o período de 2002 a 2022 foram analisadas 20 produções acadêmico-científicas nacionais, sendo 02 notas curtas, 01 resumo, 03 dissertações de mestrado, 04 teses de doutorado e 10 artigos científicos. No cenário analisado com base na Figura 1, verificou-se que os estudos nesta abordagem ainda são pouco expressivos em número, sendo que a região Sudeste do Brasil recebeu maior atenção das instituições de pesquisa (6) e foi aquela com maior número de produções bibliográficas, 13, com destaque para o Instituto de Pesca, com 07 produções, o estado de São Paulo concentrou todas as instituições de pesquisa voltadas à área de cultivo de E. marginatus da região. Na região Norte do país, 3 instituições tiveram publicações sobre o tema do estudo, havendo, inclusive, uma parceria internacional (IFAM x Universidade de Messina – Itália). Já a região sul do país, apenas a Universidade Federal de Santa Catarina teve publicações relacionadas ao cultivo de E. marginatus (Quadro 1). Apesar do grande potencial costeiro e grande número de instituições de pesquisa, a região nordeste não apresentou − até esse presente estudo − produções publicadas acerca do cultivo de E. marginatus

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Quanto ao período de publicação

Durante o período estipulado, verificou-se que a distribuição temporal (em anos) dos manuscritos encontrados sobre a temática foi esparsa, com predominância na primeira década do período, na qual 11 manuscritos foram realizados, destacando-se o ano de 2008, com quatro trabalhos, enquanto nos demais anos foram encontrados de um a dois trabalhos (Figura 2). Sobre isso, infere-se que as pesquisas possuem algumas circunstâncias que podem ser consideradas essenciais para a geração do conhecimento pretendido, o que pode influenciar o número de publicações no decorrer dos anos, como é o caso do tempo despedido para o desenvolvimento de tais estudos (Zago, 2018), incluindo a publicação dessas pesquisas em periódicos científicos.

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Quanto ao número de citações de cada trabalho

Dentre as citações, os artigos foram os mais citados, possivelmente por este tipo de produção possuir maior credibilidade quando comparado a TCC, dissertação, tese e trabalho publicado em anais de evento (Tabela 1).

Os trabalhos de Sanches et al. (2006) e Roumbedakis et al. (2013) foram os que tiveram maior número de citações (35 e 24, respectivamente), já os demais oscilaram de nenhuma a pouco menos de duas dezenas de citações, conforme observado ainda na Tabela 1.

É válido reafirmar que todas as publicações analisadas tinham acesso aberto ao público. Neste contexto, destacamos que o trabalho mais citado (Sanches et al., 2006) foi o pioneiro no país, abrindo assim uma série de possibilidades e de questionamentos para posteriores estudos no Brasil

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Quanto à composição de autoria e principais palavras-chave

Relacionado à composição de autoria dos trabalhos, verificou-se de 1 a 8 autores nos artigos, diferentemente do que ocorreu em dissertações e teses, nas quais predominam tipicamente um autor (Tabela 2). Já o artigo exige normalmente um número maior de autores, porque, geralmente, além do autor principal, existe a colaboração de orientador(es) e membros de um grupo de pesquisa, entre outros. Dentre as produções analisadas, apenas um (1) trabalho apresentou apenas um autor em uma análise de contagem direta (contribuição apenas dos autores principais); este é chamado de produtor transeunte, ou seja, é aquele autor que publica ao ano de uma a duas vezes sobre a temática analisada, de acordo com a ótica da Cienciometria (Urbizagastegui, 2009). Sobre isso, pode-se inferir que, embora um pequeno núcleo de autores tenha colaborado nesta linha de pesquisa, estes, predominantemente, são iniciantes no assunto (Alvarado, 2009). Dentre todas as produções analisadas, um (1) trabalho apresentou 13 autores, que foi uma comunicação curta que, sob análise, pode ser ocasionado pelo grande número de discentes de graduação envolvidos na autoria.

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Quanto às áreas pesquisadas

As publicações foram a analisadas e divididas em 6 grupos de acordo com o tipo de pesquisa relacionada dentro do cultivo de E. marginatus, sendo eles: Economia, crescimento, enfermidades, reprodução e larvicultura, genética e outros (Figura 3). Os grupos que apresentaram maior representatividade foram o de crescimento e reprodução e larvicultura, com 30% das publicações cada, seguido de enfermidades, com 20%, e genética, com 10%

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Perspectivas dos estudos relacionados ao cultivo de Epinephelus marginatus no Brasil

Entre as principais perspectivas sobre o cultivo de Epinephelus marginatus no Brasil, destacam-se os estudos direcionados às áreas de nutrição, reprodução e larvicultura. Apesar de ser uma espécie nova para o cartel das espécies aquícolas brasileiras e com pacote tecnológico de cultivo ainda sob formação, as experiências de cultivo Brasil afora se mostraram bastante promissoras (Manooch e Haimovici, 1978; Bruslé, 1985; Salazar e Sanchez, 1992; APEC/SEAFDEC, 2001), sem mencionar sua ocorrência natural, que se estende por praticamente desde toda a costa brasileira até a Patagônia Argentina (Figueiredo e Menezes, 1980; Irigoyen et al., 2005; Condini et al., 2013).

No Norte do Brasil existem relatos de ocorrência da Epinephelus marginatus durante o período de estiagem amazônica, quando a salinidade aumenta nas águas estuarinas, o que já se mostra como motivo para estudos de cultivo da espécie em águas amazônicas. É válido frisar que o Epinephelus marginatus é uma espécie que se encontra na lista vermelha de animais ameaçados da União Internacional para a Conservação da Natureza e Recursos Naturais desde 1995 (Marino et al., 2003). Seu incentivo ao cultivo − muito mais do que estimular a produção da piscicultura marinha − no país é uma forma de amenizar esses impactos em populações naturais. Assim, a criação da garoupa-verdadeira precisa ser impulsionada pela própria redução da oferta da pesca de captura e pela sua relevância econômica, uma vez que é considerada um peixe nobre e muito apreciado, apresentando elevados valores de mercado.

A piscicultura marinha brasileira ainda não teve papel de destaque no cenário da aquicultura nacional, e pode ter na Epinephelus marginatus seu grande protagonista para esse papel. Nesse sentido, se fazem necessárias mais pesquisas voltadas ao desenvolvimento de técnicas de cultivo eficazes, assim como informações mais apuradas sobre nutrição, reprodução e alevinagem.

CONCLUSÃO

Poucos foram os trabalhos desenvolvidos e divulgados na internet sobre o cultivo de Epinephelus marginatus no Brasil durante o período de 2002 a 2022. Aqueles encontrados tiveram frequência de publicação bastante esparsa no período de busca, variando de resumos publicados em anais de eventos a teses. Os artigos foram os mais publicados e citados por outros autores, talvez em virtude do maior grau de credibilidade científica e acesso livre ao manuscrito. Em geral, as pesquisas se concentraram principalmente na primeira década do século XXI, com foco na região Sudeste, reafirmando-a como grande polo de informações sobre o cultivo de E. marginatus. No entanto, regiões do sul e do norte do país apareceram com produções sobre o assunto.

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Recebido: 18 jul. 2023

Aprovado: 20 nov. 2023

DOI: 10.20985/1980-5160.2023.v18n3.1891

Como citar: Matias, J.F.N., Souza, A.S.L., Souza, R.A.L., Maia, B.P.S., Brabo, M.F., Pragana, A.D., Lisboa, V. (2023). O cultivo de Epinephelus marginatus (Iowe, 1834) no Brasil: uma abordagem cienciométrica e perspectivas de estudo. Revista S&G 18, 3. https://revistasg.emnuvens.com.br/sg/article/view/1891