Sustentabilidade ambiental como alicerce da cadeia de valor

Danniela Scott

dacalscott@gmail.com

Universidade Federal Fluminense – UFF, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

Caio Bruno Nogueira de Paula Matos

cmatos@id.uff.br

Universidade Federal Fluminense – UFF, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

Estefan Monteiro da Fonseca

oceano25@hotmail.com

Universidade Federal Fluminense – UFF, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

Danieli Lima da Cunha

danielicunha@hotmail.com

Universidade Federal Fluminense – UFF, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.


Como resultado da crise mundial do petróleo, acontecida no ano de 1973, as bases do processo de desenvolvimento econômico ininterrupto passaram a ser questionadas. A ideia de finitude dos recursos ambientais aliada à limitação tecnológica base para o crescimento do sistema produtivo evidenciou o novo conceito de “sustentabilidade” (Baptista Neto et al., 2020). Já no final do século XX, os insumos ambientais foram incorporados ao cálculo de custos de produção das empresas, modificando a cadeia de valor. Neste sentido, os negócios passaram a considerar na cadeia produtiva pontos como produção e reutilização de recursos.

Segundo o conceito de Cadeia de Valor, criada em 1985 por Michael Porter, ao fortalecer as ligações entre as diversas etapas produtivas cria-se uma vantagem competitiva, a qual favorece o crescimento da empresa e consequentemente de seus lucros (Machado et al., 2018). Em uma cadeia de valor, as várias etapas são interdependentes, podendo cada uma delas impactar as demais.

Assim, o conhecimento ambiental passa a ocupar novo papel no contexto global, uma vez que seu entendimento pode gerar resultados diretos na produtividade de uma organização. Os profissionais do setor de inovação devem conhecer com profundidade toda a rede de conexões ao seu redor, incluindo fatores ambientais, para dinamizá-la e transformá-la em vantagem competitiva. Uma empresa inovadora depende de uma cadeia de valor com grande capacidade adaptativa, disposta a quebrar paradigmas para atingir resultados financeiros e sociais que assegurem a sustentabilidade dos negócios (Alberti et al., 2000).

Alavancado pelas informações acima, o presente número da Revista S&G apresenta um artigo que abordam, na área de meio ambiente, informações a respeito de inovações para a pesca artesanal, como o caso particular do estado do Ceará. Ainda na área ambiental, informações climatológicas são apresentadas para a península Antártica e mares adjacentes, além de um estudo que aborda impactos ambientais regionais decorrentes da mudança da legislação ambiental para coprocessamento de agrotóxicos.

Já no setor produtivo, uma metodologia para identificação de informações estratégicas em Organizações Intensivas em Informação é discutida. Por fim, no setor de produção têxtil, uma proposta de identificação da demanda brasileira por ensaios acreditados para têxteis inteligentes aplicados à saúde por meio da análise patentearia foi incluída.

REFERÊNCIAS

Baptista Neto, J.A., Fonseca, E.M., Pompermeyer, F.C.L. (2020). A sustentabilidade e a academia. Revista S&G 15, 2, 91-92.

Machado, N.S., Casagrande, J., Roman, D.R., Carvalho, C.E. (2018). A inter-relação entre competividade e cadeia de valor: estudo de caso em empresa metal-mecânica do oeste de Santa Catarina. Revista Ibero Americana de Estratégia 17, 3, 153-172.

Alberti, M., Caini, L., Calabrese, A., Rossi, D. Evaluation of the costs and benefits of an environmental management system. (2000). International Journal of Production Research, 38, 17, 4455-4466.


Recebido: 20 dez. 2021

Aprovado: 20 dez. 2021

DOI: 10.20985/1980-5160.2021.v16n3.1769

Como citar: Scott, D., Matos, C.B.N.P., Fonseca, E.M., Cunha D.L. (2021). Sustentabilidade ambiental como alicerce da cadeia de valor. Revista S&G 16, 3. https://revistasg.emnuvens.com.br/sg/article/view/1769