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Artigos

v. 6 n. 4 (2011): Dezembro/2011

A Gestão Sustentável de Atrações Turísticas em Espaços Culturais: O Caso do Parque Arqueológico de Foz Côa em Portugal

DOI
https://doi.org/10.7177/sg.2011.V6.N4.A10
Enviado
novembro 16, 2011
Publicado
2012-06-05

Resumo

Este trabalho apresenta a revisão da literatura de património cultural, sobretudo de sítios ao ar livre. Vamos abordar dois temas de grande atualidade para a região de Foz Côa: o dilema entre desenvolvimento e preservação de património e o sistema de gestão de visitas ou acesso público às gravuras rupestres.

A conclusão é que o património parece assumir para os visitantes dois significados principais. Por um lado, a reconstituição histórica de modos de vida passados sob um cenário de monumentalidade; por outro lado, ainda que com percentagem mais baixa, o património funciona como o repositório das tradições de um povo, que é preciso aprender a reconhecer e a preservar como um elemento da identidade nacional. O conceito de capacidade de sustentação tem vindo a ser aplicado à gestão de visitantes. No fundo, trata-se de estimar o número máximo de visitantes admitidos durante um certo período de tempo num dado sítio de valor patrimonial.

Será importante distinguir entre capacidade de sustentação mínima, máxima e ótima. A capacidade mínima significa que o sítio necessita de um número mínimo de visitantes para que possa permanecer em funcionamento. Contrariamente, haverá um limite, um número máximo de visitantes que o sítio poderá receber cumprindo regras básicas de segurança e higiene. Para tanto, a capacidade ótima estará situada dentro destes dois limites, estabelecida por um processo que envolve alguma forma de avaliação, por vezes de carácter subjetivo. A capacidade ótima parece ser o compromisso que prevenirá que a presença de grandes multidões possa ameaçar a notabilidade do sítio, mantendo também uma qualidade de experiência de visita satisfatória.

Vários especialistas em arte rupestre e na sua gestão acreditam que o sistema implementado no Vale do Côa concilia com sucesso os dois objetivos fundamentais de preservação e acesso público.

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